sábado, 14 de março de 2009

"A volta dos que realmente foram"

Por André Schmidt

Ronaldo voltou ao Brasil. Gordo, lento e com os dois joelhos arrebentados, pouco lembra o menino franzino que trocou o Cruzeiro para tentar a sorte na Holanda. Praticamente toda a sua carreira foi acompanhada por nós apenas pela televisão. Agora, jogando mais para calar os críticos do que realmente pelo prazer, ele retorna ao seu país, provavelmente, para encerrar o seu cilco no futebol. Quantas vezes já não vimos esta cena? Atletas saem do Brasil no seu auge e retornam apenas por não terem mais mercado lá fora. E nós, torcedores, temos que pagar para ver pela transmissão dos jogos desses jogadores. Na Europa, eles trazem credibilidade ao campeonato, aumentam a qualidade do futebol jogado e fazem com que os patrocinadores abram a carteira e lotem os cofres dos clubes. Enquanto isto funciona para os europeus, nossos times seguem endividados e "semi-falidos". Tendo estes dados como fatos incontestáveis, por que não é criada uma fórmula para que a volta destes craques seja antecipada? Impossível?! Nem tanto... Imaginem um Campeonato Brasileiro com: Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Pato, Adriano, Júlio César, Juan, Júlio Baptista, Robinho... Será que nós teriamos de continuar pagando para ver os jogos do exterior ou este campo se inverteria?! Sem dúvidas seria o torneio mais procurado pelos torcedores do mundo todo.
Só o aumento na cota de tv de cada clube já daria para pagar o salário de um ou dois craques, por cada equipe. Além disso, com a maior visibilidade dos nossos campeonatos, nossas jovens revelações parariam de deixar o nosso país a preço de banana, saindo do Brasil apenas com propostas milionárias. O público nos estádios aumentaria, os patrocinadores e os valores oferecidos por eles também, além da venda de produtos tanto aqui, como no exterior.
Bom, é lógico que não seria uma tarefa fácil. Entre outras coisas deveriamos começar tratando do regresso dos atletas que terão o seu contrato encerrado em breve, para que não tenhamos que pagar as cifras astronômicas pela rescisão dos contratos. Outra: trabalhar e fazer um planejamento de marketing e de gestão financeira para que tudo possa correr bem, sem que se tenha um retrocesso após algumas temporadas. Mas, principalmente, dependeremos de esforço, boa vontade e competência. Exatamente onde pode dar errado...

Imagem: GloboEsporte.com

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